Transfiguração – Feitiços & Criação e Desaparecimento

O dia amanheceu de forma linda e límpida, acordei e me sentei na cama, observando através da janela o belo nascer do Sol, me perguntei como seria o dia, talvez menos agitado do os outros, me levantei da cama, caminhei até a janela e me apoiei nela, observando o amanhecer. Aquela manhã estava, segundo o que eu observava através da janela, excelente para uma aula de transfiguração, dei uma leve olhada no horário que estava sobre meu criado mudo, notei que tinha vinte minutos para fazer tudo o que tinha para fazer, antes de ir para sala de aula, me apressei e vesti uma camisa social branca, jogando um casaco de couro marrom por cima, como já usava uma calça da mesma cor do casaco, deixei assim mesmo.

Ao contrário da demais manhas, naquela, eu quase não tinha fome, então decidi passar na sala dos professores e pegar um grande copo de café e alguns biscoitos, evitando descer mais e encarar o Salão Principal, lotado e barulhento, àquela hora da manhã. Depois daquilo não demorei muito para chegar a sala de Transfiguração, abri a porta e fiz um gesto com a varinha para que as cortinas se abrissem e as velas se acendessem, queria um pouco de luz no lugar, depois me sentei e aguardei a chegada dos alunos.

Os alunos do primeiro ano foram entrando, aguardei a entrada de todos os alunos, eles foram entrando pouco a pouco, mas por fim todos os alunos já estavam sentados em suas respectivas carteiras, aguardei mais um minuto, deixando-os conversar entre si, no entanto quando me levantei todos os alunos pararam de conversar, começando a me olhar, aguardando o início das aulas.

- Hoje falaremos, inicialmente, sobre Criação e Desaparecimento... - sorrio e encaro a turma - Dentro do bloco de criação e desaparecimento, encontram-se as práticas comuns de conjuração, desaparecimento, ilusionismo e duplicamento. A conjuração nada mais é do que o ato ou efeito de fazer surgir objetos espontaneamente. – começo a andar entre os alunos - É impossível criar um objeto do nada, toda criação está atrelada a presença de átomos para se formar a matéria do objeto desejado. Quanto maior a massa e a complexidade estrutural do objeto, maior será a dificuldade de se conjurar um objeto, o que é explicado pela Teoria de Vanderclaus. Muitos estudiosos consideram o desaparecimento o inverso da conjuração, ainda que outros conceituem o ramo como apenas uma das etapas para se conjurar um objeto. O ilusionismo, ou translucidação, consiste na criação de imagens, alteração de luz, profundidade, atmosferas, e a ocultação de objetos ou seres vivos.

Observo os alunos, a maioria apresentava uma cara curiosa, atenta, alguns não, pensei o quão tolos aqueles alunos eram, assim como D.C.A.T., transfiguração era uma matéria importantíssima para quem um dia almejava se tornar Auror.

- Lana Hawnins, famosa transfiguradora norte-americana, considera a animação de objetos inanimados um dos frutos do ilusionismo, visto o homem é incapaz de criar a vida, embora possa imitá-la ou torná-la uma ilusão. Por fim, o duplicamento está ligado, como a própria palavra denota, à ação de duplicar objetos, ou seja, tornar as sucessivas partes de um todo como iguais à peça que originou a duplicação. - sento-me em minha poltrona e aguardo os alunos terminarem de assimilar a matéria explicada, depois volto a falar - Bom alunos, quero que vocês respondam o seguinte questionário para esta aula.

Faço um movimento com a varinha fazendo as perguntas surgirem no quadro.

Quadro 01:

- Assim que entregarem vamos partir para a parte prática da aula... E qualquer dúvida não hesitem em chamar.

Me ajeito na cadeira e começo a ler um livro de Medibruxaria que havia pego com a enfermeira de Hogwarts, assim que os alunos começam a terminar a tarefa decido continuar com a aula.

- Bom, abram o livro no capitulo sete.

Livro de Transfiguração:

– Bem... Hoje farei uma introdução à Conjuração, que é a capacidade de “criar” objetos através da varinha. Bom, na idade de vocês, e eu não estou duvidando de ninguém, é consideravelmente difícil conjurar objetos com perfeição e é justamente por isso que foram elaborados feitiços de conjuração específica, capazes de criar objetos previamente determinados. Através de fórmulas mágicas e alguns movimentos, vocês podem criar flores, pássaros ou até serpentes. É assim chamada a Conjuração Simples.

Sorrio e volto para frente da sala, dou uma longa observada na turma, alguns alunos estavam dispersos, completamente aéreos ao que eu dizia, outros anotavam cada palavra, algumas vezes eu acreditava que eles anotavam até mesmo o que eu fazia, os alunos mais normais me observavam e anotavam o que julgavam necessário, sorri e continuei com a aula.

- Claro, bruxos mais experientes são capazes de criar objetos sem fazer uso necessariamente de uma fórmula. Esse tipo de encantamento é extremamente complexo, uma vez que exige do feiticeiro muita concentração e precisão. Ele não fica preso às limitações substanciais dos feitiços de Conjuração Simples, valendo-se apenas da sua criatividade e inteligência. Tal ramo da conjuração é chamado de Transfiguração Elementar, e só iremos estudá-lo a finco do quarto ou quinto ano em diante, isso dependerá do desenvolvimento de você em minha matéria.

Volto a caminhar entre os alunos, observando-os enquanto vejo qual o grau de atenção dos alunos a aula.

- Bom, que tal começarmos? Peguem todos as suas varinhas. O feitiço que irei lhes ensinar hoje é perfeito para se presentear alguém amado. Através dele, é possível conjurar um buquê de flores da ponta da varinha. Incrível, não acham? A fórmula mágica é ‘Orchideous’, e o movimento é relativamente simples, é necessário apenas girar a varinha duas vezes no sentido anti-horário.

Sorrio e mexo com a varinha, fazendo surgir no quadro as informações sobre o feitiço.

Quadro 02:

- Agora, uma pequena demonstração do feitiço... Orchideous!

Giro a varinha duas vezes no sentido anti-horário e rapidamente um buquê de belas margaridas, com várias cores diferentes, brota de sua ponta, exalando um doce aroma silvestre. Recolho as flores com cuidado e entrego para uma garota da Corvinal que estava sentada na primeira fileira.

- Muito bem! Quero que todos pratiquem o feitiço sozinhos, atentos aos seus movimentos.

Me sentei e aguardei os alunos praticarem o feitiço, nenhum aluno conseguiu na primeira tentativa, mas foram conseguindo nas tentativas posteriores, alguns na segunda e os demais na terceira tentativa, assim que todos concluíram sorri e me levantei da cadeira.

Informações aos Alunos sobre o Feitiço:

- Muito bom... Bem, por hoje só ensinarei isso, quero que vocês escrevam dez centímetros de pergaminho a respeito da Conjuração Simples, descrevendo a sua utilidade para jovens bruxos. No mais, estão dispensados!

Me sentei e observei os alunos deixarem a sala, depois que todos se retiraram, fiz um movimento para fechar a porta e caminhei para o meu escritório.

Trabalho:

Informações Off:

Transfiguraçao

Caminhou pelo castelo calmamente observando os objetos, passando as mãos nas paredes, e só parou quando estava em frente à sala de aula ,foi simplesmente maravilhoso sentir aquele cheiro tão característico que emanava do espaço das aulas, diria que a mistura cheirava a madeira queimada e mofo, e alguns diriam que não é algo bom e encantador, porém pra ele o aroma característico  de coisas mortas o animavam.  Entrou na sala e notou que o professor ainda nao havia chego, o que para ele era melhor, odiava receber olhares dos professores quando entrava na sala.

Sentado na cadeira começou a bater com os dedos na mesa de maneira distraído enquanto esperava o resto dos alunos. A segunda aluna a chegar foi uma mocinha pequena, talvez um pouco menor do que tantos outros alunos da sua idade, ela o olhou assustada e entrou apressada na sala, não olhou pros lados, nem mesmo pro chão, começou a caminhar e só parou quando chegou a uma das mesas que ficavam na primeira fileira. Ben refletiu se a mesma teria medo dele devido suas atitudes no baile. Os outros alunos chegaram aos poucos, e quando deu finalmente o horário o professor surgiu dentro da sala e começou a sua aula.

O professor comecou a falar de uma mulher, Ben nao quis dar muita atenção, apenas virou seu rosto para o lado, olhando para Claire que apesar de estar sentando ao seu lado, o ignorava. - Quero pedir desculpas pelo que falei no salao - Falou chamando a atenção da menina ao seu lado que o encarou com um olhar pensativo. - Eu tava cabeça quente... - Falou e no mesmo instante a mesma falara algo, mas a conversa foi cortada por um momento que os dois acharam que Victor iria lhes dar uma bronca.

Claire voltou a falar afirmando que o desculpara, mas que ele teria que fazer um favor para ela quando ela necessitasse. Ben sorriu e afirmou que faria qualquer coisa, ele nao se importava de fato. Pegou seu pergaminho e começou a responder o questionário chato que o professor havia passado como dever. Ben odiava coisa teoria, gostava mais das praticas para ser mais sincero.  Apesar de odiar, Ben dava toda sua alma em transfiguraçao, pois sabia que precisaria dela para virar um auror. Ergueu a mao rapidamente a procura de Victor.

O professor se levantou e caminhou ate estar ao seu lado. -  Professor. na questão 4, posso escrever com minhas próprias palavras ou pego parte do livro? - Perguntou e o professor o aconselhou a usar suas palavras, assim agradeceu e voltou a terminar o questionário sobre. Assim que terminou o mesmo, se levantou e deixou ele sobre a mesa do professor, Voltou a se sentar e conversou rapidamente com Claire ao seu lado antes do professor voltar a falar novamente, Abriu rapidamente seu livro na pagina sete, enquanto o mesmo falava, o moreno ia lendo os feitiços ali escritos.

O mesmo começou a falar sobre a conjuração simples, Ben nao prestou muito atenção nessa parte, sua mente ficou mais presa aos momentos do Baile e a volta de sua mãe por alguns segundos, ele agora estava determinando a acha-la para receber respostas dessas anos perdidos. - Ben, acorda, hora da pratica - Falou Claire tirando o moreno de deus pensamentos, olhou rapidamente para o professor que explicava o feitiço que iriam fazer.

Olhou rapidamente para sua varinha, pegando ela logo em seguida, Claire já havia começar a tentar ao seu lado. Imaginou de sua varinha saindo rosas vermelhas intensas, umas seis para ser mais exato. - Orchideous  - Falou mas nada aconteceu, nada saiu de sua varinha. Respirou fundo, pensou que talvez precisasse de mais concentração, mas as coisas do baile o deixaram distraído demais. Olhou para a ponta de sua varinha novamente e imaginou apenas três rosas saindo agora, talvez estivesse querendo demais para um começo, mesmas formas, vermelhas bem intensas e grandes. - Orchideous - Falou e no mesmo momento as rosas surgiram na ponta de sua varinha.

Ben soltou um leve sorriso, catou rapidamente elas da ponta da sua varinha e com um pedaço de pergaminho deu um nó em seus caules, prendendo as três juntas. Olhou para Claire e entregou para a mesma ao seu lado. - Para você amada - Falou brincando para a mesma que aceitou sorrindo as flores que o menino lhe dera. Assim que todos foram liberados após fazer, Ben se levantou e andou ate o lado de Claire que o fez carregar as flores pelo castelo inteiro ate a  comunal por ela.